segunda-feira, 30 de março de 2009

Os outros dias das mulheres - II

O blog Economix (NYTimes) tratou da distinção salarial entre mulheres e homens apontando como uma importante causa o tal do "family gap", que é a desvalorização profissional da mulher que possui filhos (ou responsabilidades de família).

Embora os empregadores não se recusem mais a manter em seus quadros de funcionários mulheres recém-casadas ou com filhos, como acontecia nos anos 1920 e 1930, eles têm uma imagem estereotipada dessas mulheres, na qual elas teriam menor comprometimento com seu emprego (ainda que elas trabalhem tanto quanto qualquer outro funcionário).

Os sociólogos Shelley Correll, Stephen Benard e In Paik realizaram um estudo com 200 estudantes universitários, homens e mulheres, no qual eles deveriam avaliar currículos semelhantes, que se diferenciavam apenas porque alguns apontavam sinais de maternidade/paternidade. Ali, ficou demonstrado que as mulheres com filhos eram vistas como menos competentes e menos comprometidas e a elas os estudantes recomendavam que fossem atribuídos menores salários e menores chances de promoção, em comparação com as mulheres sem filhos. Os homens com filhos não foram penalizados de maneira alguma.
Alguns analistas acreditam que tal situação discriminatória decorreria de um estilo de vida, de uma escolha efetuada em algum momento pelas próprias mães, eis que elas mesmas optariam por por trabalhos mais fáceis e flexíveis em vez de outros com maior responsabilidade e salário; mas outros analisam que o sistema econômico penaliza injustamente as mulheres que cuidam de outras pessoas.

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