Não sei ainda se posso dizer que foi um prazer conhecê-la, pois, apesar de ser uma iniciativa louvável para as circunstâncias iranianas, incomoda-me profundamente essa lembrança do modo com que muitas mulheres são tratadas mundo afora. De toda maneira, foi instrutivo conhecê-la, isso é fato.
Eu e minha bolha... eu sei, sei.
Mas uma coisa que me apazigou o ânimo foi o entusiasmo da juventude iraniana com o mundo digital, apesar da censura institucionalizada... é até possível que esteja surgindo uma ponte entre a racionalidade e a tradição bruta, que só a 'educação' e o tempo consolidarão e, quem sabe, acabará por libertar as filhas e netas daquelas mulheres.
p.s. No documentário, uma iraniana explicou que, antes de entrar para a universidade, tinha a fantasia de que ali teria acesso a um ambiente de debate de idéias, porém, o que ela aprendeu rapidamente naquele ambiente foi que, para ser uma profissional de sucesso, ela deveria continuar sufocando suas opiniões...