palida y poderosa: DISNEY CALIFORNIA

DISNEY - LOS ANGELES

Como ir ao Arizona, tāo distante do Brasil, e nāo chegar à California, tāo perto do Arizona? E como pisar na Californiana Los Angeles sem ir à Disneylandia? Assim é que uma coisa foi puxando outra e, no fim, nosso roteiro de viagem estava digno de um road movie: Sāo Paulo-Los Angeles-Phoenix-Sāo Paulo, passando por uma praia do Pacifico, pela Rota 66, a falha de San Andreas e desertos nevados. Vou contando aos poucos aqui, paciência...

Pra cobrir todo o trajeto e descobrir seus detalhes, alugamos um carro. Do Brasil, nós reservamos um da Dollar, que retiraramos nas proximidades do aeroporto de Los Angeles, California, e devolvemos em Phoenix, no Arizona. Mas a reserva antecipada feita pela Web não nos livrou da fila de uma hora que tivemos de enfrentar no balcão da locadora, após a cansativa viagem São Paulo-Houston-LA (United Airlines, pois a passagem da Korean Airlines estava proibitiva quando fiz minha compra e a American Airlines ainda nem fazia Guarulhos-Los Angeles). De carro na mão, seguimos o trajeto já previamente estudado até a Best Buy mais próxima e adquirimos nosso oráculo: GPS. Escolhemos o Magellan, que é de fácil navegação; foi uma boa escolha pois ele não nos meteu em nenhuma roubada. Lembre-se: a Disney Los Angeles fica mesmo em Anaheim.

DISNEYLANDIA E ADVENTURELAND

Ficamos no hotel The Anaheim Desert Inn (na 1600 S. Harbor Blvd, Anaheim, CA), em frente ao portão de acesso à entrada dos parques Adventureland (à esquerda) e Disneyland (à direita). O hotel não é luxuoso, mas seu quarto com duas camas queen é bem confortável para 4 pessoas, seu café da manhã é simples, mas gostoso (basicamente, torradas, café e danish, que é um tipo de rosca ou pão-doce, sucrilhos e leite) e a lavanderia do hotel possibilita o reaproveitamento de roupas (o que quer dizer que eu poderia ter levado uma mala bem mais compacta do que o trambolho que levei).

Em 4 dias de Anaheim, fomos dois dias em cada parque, o que nos livrou da afobação de querer ir em todos os brinquedos do parque num dia só, que considero uma tarefa humanamente impossível para quem está com uma criança de 9 anos e outra de 7, uma receita para destruir sanidades mentais. Não traçamos rotas dos brinquedos a que iríamos, e apenas chegamos cedo nos parques (com os ingressos já previamente comprados pela internet, no site official da Disney), pegamos um dos mapas oferecidos na catraca e seguimos um rumo lógico: um dia, vimos as atrações a partir da esquerda do portão principal, caminhando no sentido horário, no outro, no sentido contrário. Deu certo, foi divertido, tranquilo e, no fim das contas, fomos em todas as atrações que nos interessaram.

A Disneyland tem mais atrações, mas, como é mais antiga, possui ruas mais estreitas que a Adventureland – parecendo estar sempre apinhada de gente – e alguns de seus brinquedos são bem ultrapassados (como o famigerado Small World, cujas filas são sempre incompreensivelmente grandes).

A Disney California Adventure Park é um parque bem mais legal, com sua incrível reprodução de Radiator Springs e suas atrações mais novas (o que não evita roubadas como a Pequena Sereia ou The Little Mermaid: Ariel's Undersea Adventure). Mas, fazer o quê, se estamos lá pelas crianças e, para elas, não existem atrações chatas e até o deprimente Tiki Room (Walt Disney's Enchanted Tiki Room, da Disneylandia) elas acham superdivertido, rendendo-lhe referências pelo resto da viagem.

DICAS

QUANDO IR

A Disneyland parece sempre mais cheia que a Disney California Adventure, e, quanto mais perto do domingo, maiores as filas naquele primeiro parque, porque, nos fins de semana, os locais se juntam `a horda de turistas.

Por isso, uma boa coisa que fizemos foi ir na Disneylandia na quinta e no sabado e no Adventure na sexta e no domingo. Mas, se chover, corra pra Disneyland com sua capa de chuva, pois as filas diminuem horrores (poucos doidos se atrevem a permanecer sob o gelido aguaceiro do inverno).

1.
CLIMA

Em dezembro é inverno em Ananheim e, se chover (como aconteceu no período que em estávamos lá), o frio fica insuportável (pelo menos para nós de Ribeirão Preto). Por isso, foi uma baita sorte estarmos com os casacos de frio impermeáveis que compramos na Decathlon de nossa cidade tropical.

Se você estiver lá no inverno e não quiser se molhar, evite os brinquedos como o GRIZZLY RIVER RUN (Adventureland), e a SPASH MOUNTAIN (Disneyland). Ou use uma capa de chuva (vale a pena).

2. COMIDA

Não há muita comida boa na Disneyland e quase tudo custava em torno de US$ 10,00. Isso é bom e ruim: bom, porque libera você de ficar procurando restaurantes, já que os chocolates quentes e os churros são uma boa pedida para esses dias de almoço perdido; ruim, porque você vai ficar com saudade dos churros nos outros lugares estadunidenses em que for.

Já no Paradise Pier da Disney California Adventure Park - sim, meu parque favorito – você encontrará uma comida bem melhor, pelos mesmos dez dólares, como as deliciosas sopas do restaurante Pacific Wharf.

Fora dos parques, há opções tanto na Downtown Disney, que eu achei muito cara pro meu bolso, quanto na Harbor Blv, onde comi mal e paguei caro no Deny’s, enganada pela alta quantidade de frequentadores do local durante todo o dia.

Também dá pra levar comida na bolsa, do seu hotel… mas haja ombro pra carregar o peso.

3. COMPRAS

Certas camisetas e brinquedos você só achará nas lojas dos parques. Se o objeto tocar seu coração e couber no seu orçamento, compre sem dó, mas cuidado com o moleton de touquinha com orelhas de minnie, pois comprei para minha filha e foi um transtorno: a touca não ficava na cabeça e a menina não conseguia vestí-lo nem tirá-lo sem enroscar-se toda.

4. ATRAÇÕES

Cada pessoa terá suas preferências quanto às atrações dos parques, por isso, muita gente estranha quando digo que detestei o INDIANA JONES - bobagem, que, simplesmente, copiou o Mr. TOADS FROG RIDE (ambos da Disneylandia) -, ou quando digo que a tecnologia do SOARIN OVER CALIFORNIA merecia uns cortes mais suaves entre uma imagem e outra, pois como posso estar voando sobre o oceano, sem ver a praia, para, em seguida, estar no meio da metropole iluminada?

Contudo, poucas atrações são unanimidade como o RADIATOR SPRINGS RACERS (Adventure), uma corrida emocionante por Radiator Springs e o Grand Canyon. Para este, chegue cedo para a fila do fastpass (pelo qual você consegue agendar um horário para ir no brinquedo, enfrentando uma fila de 15 minutinhos) ou mais cedo ainda para pegar a fila de quarenta minutos-uma hora. Fora este, os meus favoritos foram o MATER'S JUNKYARD JAMBOREE e o LUIGI'S FLYING TIRES, ambos da Adventure, claro. Estes eu recomendo que sejam repetidos `a exaustão. Se sobrar tempo, claro.

Outro lugar bacana é o GRIZZLY PEAK, que não é um brinquedo, mas um parque com trilhas e atividades no meio de uma floresta de pinheiros onde os pequenos podem descansar de tanta atividade contemplativa e fazer atividades por si mesmos (como a escalada do REDWOOD CREEK CHALLENGE TRAIL. Ali é que se percebe o quanto as crianças ficam passivamente embasbacadas nos demais brinquedos da Disney.

Contemplativo ou não, se você passa mal ou tem nauseas causadas pelo movimento de certos brinquedos, evite o STAR TOURS da Disneylandia. É legal, mas chacoalha demais para que tem propensão a ficar mareado em gira-giras.

Se, nauseabundo ou não, você detesta montanhas-russas mas tem filhos pequenos que insistem em viver a experiência, rume direto para a GADGET'S GO COASTER, qua fica na ToonTown da Disneyland. Dá pra encarar. Agora, se seus filhos foram adolescentes, solte-os e liberte-se. Ah, e mantenha seu coração de gelatina afastado da sensação de “meu último segundo na Terra” que o HOLLYWOOD TOWER HOTEL quer lhe proporcionar.

Quando, depois de erros e acertos, estiver cansado de caminhar, pare para assistir o IT'S TOUGH TO BE A BUG (naquele folheto que se pega na entrada da Adventure estão os horarios do show). Eu, que sou chatinha, gostei bastante.

SHOW ADVENTURELAND - com crianças pequenas, no inverno, depois de um dia de parque é uma furada. Melhor a cama quentinha do hotelzinho. Mas, se você quiser mesmo comprovar isto com seus olhinhos vermelhos, retire seu fastpass no ponto que fica perto da estátua do urso gigante do Grizzly River Run e reserve um lugar decente para ver o tal show, que, aviso, são meras imagens projetadas na fonte (o folheto distribuído na entrada do parque dá os horários desse show e de outros).

5. ATITUDE POSITIVA

Lembre-se: é um parque, não uma condenação. Assim, não é preciso ir em tudo e, principalmente, não precisa gostar de tudo. Sim, é caro, deu trabalho para chegar até lá, é só um parque melhorado... Baixas expectativas podem libertar.