Acho que é pelo motivo que alegou certa vez uma socialite (não sobre este tema, obviamente, mas a observação serve): "É porque no Brasil não teve guerra.".
Vejamos a situação atual: Zelaya, o ex, está refugiado na embaixada brasileira (em Tegucigalpa), que está - vamos dizer assim - sitiada pelo governo hondurenho, que cortou o fornecimento de energia, telefonia e água para aquele pedacinho de nosso território naquele país.
Daí eu não pergunto, pois, às vezes, até perguntar pode ofender a democracia... mas, mesmo sem perguntar, já suponho uma resposta: cortar a telefonia e a energia da Câmara daqui por uns dias seria pouco instrutivo para fazer os deputados itinerantes perceberem o drama da situação em que nos metemos ao atender o portão da embaixada naquele dia em que entrou Zelaya (21/09/09)... Devíamos ter fingido que não estávamos. Mas tudo bem; deixemos sim os nobres deputados viajarem a Honduras, onde, provavelmente, ficarão confortavelmente hospedados em hotéis e enquanto o pau come solto na embaixada, eles acompanham...
Em entrevista à Globo News, conforme matéria no G1 (Zelaya relata tensão no terceiro dia de abrigo na Embaixada do Brasil, em 23/09/09), Zelaya disse que não sabe quanto tempo vai permanecer lá... Pelo jeito, o hóspede vai se demorar. Dá tempo dos deputados chegarem.
